7 passos simples para evitar a má oclusão

O que você não sabia e deveria saber sobre a saúde bucal
14/11/2017

A boca está sujeita a qualquer tipo de problemas, sejam eles externos ou internos. Desde o surgimento de cáries até inflamações na gengiva, a boca pode sofrer alterações que causam dores e incômodos. Um desses problemas é a má oclusão, ou conhecida como oclusopatia.

Caracterizada como uma falha na mordida, a oclusopatia é a posição errada da arcada dentária que pode afetar crianças e adultos. A ordem necessária é que os dentes precisam caber com exatidão na boca. Tanto os dentes superiores e inferiores precisam estar alinhados e nem virados.

Entretanto, algumas pessoas estão suscetíveis a alguns desvios no alinhamento dos dentes. Esses desvios comprometem o desencaixe dos sulcos no molar oposto, causando dificuldade nas pontas dos molares.

Além disso, a má oclusão também prejudica a proteção das bochechas, dos lábios e da língua. Isso porque o alinhamento dos dentes protege essas partes e com a má oclusão eles podem ser mordidos.

Má oclusão: doença ou problema?

Essa é uma preocupação de várias pessoas, especialmente as mães. Por atingir outras partes da boca, alguns pensam que a má oclusão é uma doença. Isso não é verdade. Embora não tenha uma idade para aparecer e apresente sintomas, a oclusopatia não é doença.

Os problemas esqueléticos faciais são corrigidos mediante algumas práticas que podem ser feitas por quem sofre com o problema. Por isso que especialistas recomendam uma reeducação funcional na boca para solucionar o desalinhamento dentário.

Contudo, a má oclusão também pode ser hereditária. Mas ela não apresenta peculiaridades específicas de outras causas relacionadas à má oclusão. Dependendo da ocorrência, ela pode ser grave ou não. Tanto na sobreposição dos dentes ou na ultrapassagem do maxilar sobre a mandíbula, é necessário medidas firmes para resolver o problema.

Tenho má oclusão, como resolver?

Ao passar pelo diagnóstico, o dentista poderá passar uma série de medidas para reverter o problema. Embora alguns pensem que seja necessário, nem sempre a má oclusão é resolvida por cirurgia. É por isso que alguns procedimentos podem ser feitos em casa, diariamente.

Por isso é importante ir ao dentista a cada seis meses. Uma vez analisando toda a carga dentária, ele poderá ver se há desalinhamento ou não dos dentes. Uma radiografia é feita para detectar o problema e conferir a gravidade da mordida.

Havendo a necessidade de correção, algumas soluções podem ser usadas para reverter o problema e garantir maior segurança à boca.

 

 

Mastigação correta
É a primeira e maior dica. Muitos problemas de oclusopatia poderiam ser resolvidos se as pessoas mastigassem da forma correta. Isso porque com os adultos, a recuperação é ainda mais demorada. O sistema estomatognático requer uma correção completa e isso depende de muito treino.

O dentista irá solicitar que a pessoa pratique uma mastigação adequada. Ao mastigar, é necessário mover toda a musculatura orofacial. A estrutura óssea segue o padrão da mastigação e os estímulos musculares agem no momento correto.

Evitar ranger de dentes
Isso é uma característica tanto muscular quanto óssea. Quando uma pessoa tem o hábito de ranger os dentes, a chance de mordidas cruzadas é maior. A mandíbula e o maxilar vão se adaptando a uma postura errada. Em virtude disso, os dentes superiores ou inferiores podem se sobressair uns sobre os outros.

Converse com um dentista sobre a frequência que você range os dentes. Problemas no sono, incômodos na gengiva e até ansiedade podem estar relacionados a essa ação. Quanto mais cedo informar a um especialista, mais prático será o tratamento.

Respiração pelo nariz, não pela boca
Quando se respira pela boca, áreas como o maxilar são seriamente afetadas. Tanto na postura da língua como um maxilar mais estreito são alguns problemas resultantes. O dentista também poderá avaliar a forma como você respira e como se encontra a arcada dentária.

Caso haja alguma alteração, ele poderá recomendar um auxílio de um fonoaudiólogo. Isso para que você consiga ter uma mordida completamente fechada e não sofrer com dentes fora do lugar.

Aparelhos ortodônticos
Esse passo é mais seguido por quem tem má oclusão do tipo 2. Esse tipo é conhecido como retrognatismo e é caracterizado pela ultrapassagem exagerada dos dentes pela mandíbula. Nesse caso, a indicação de um aparelho ortodôntico é viável.

O aparelho irá corrigir a posição dos dentes inferiores e colocá-los alinhados aos dentes inferiores. Ao sorrir, perceba se seus dentes inferiores ficam para dentro da boca. Caso estejam dessa forma, o uso aparelho poderá ser recomendado para corrigir a alteração.

Remodelagem
Isso serve tanto para a mandíbula quanto para os dentes. No caso dos dentes, como os molares, o dentista poderá remodelá-los para ficarem na mesma medida que os outros dentes. É possível que se use coroas ou facetas por um determinado tempo para que o alinhamento seja feito. Se for o caso, o especialista precisará avaliar a cada período para ver como andam o estado de preservação.

No caso da mandíbula, o procedimento é feito por meio de cirurgia. Ela é encurtada de modo que não cause um desalinhamento ou espaçamento entre os dentes. A recuperação é rápida e a solução é nítida.

Placas ou fios
Se preferir ou se for necessário, o dentista poderá recomendar o uso de placas ou fios. Alguns especialistas evitam usar o máximo de procedimentos cirúrgicos. Por isso, a implantação desses materiais estabiliza a posição da mandíbula e a não deixar sobressair sobre outros dentes.

Elas podem causar certo incômodo no início, mas não prejudicam a mastigação do indivíduo. Porém, a escovação correta é necessária.

Retirada de dentes
É um dos passos mais complexos e não é para qualquer caso. Se for preciso, o cirurgião-dentista poderá remover dentes sobrepostos para fazer o alinhamento dos outros. O apinhamento só é feito com a retirada de dentes ultrapassados e assim o realinhamento poderá ser feito.

Esses passos são simples porque atingem quadros de má oclusão mais comuns. Casos mais complexos de retrognatismo e de prognatismo requerem procedimentos ainda mais amplos. Por isso a importância de se avaliar com um dentista e conferir a preservação da arcada dentária. Seguindo medidas eficazes, a ocorrência de dores ou de um sorriso desalinhado não será evidente.